A dor da distância, da saudade e de um amor não correspondido...

Você sabe explicar-me moço, a dor da distância, a dor da saudade e principalmente a dor de um amor não correspondido? Talvez você não tenha vivido isto tão intensamente para explicar tamanhos sentimentos. Então eu tentarei da minha forma e ao meu ponto de vista mostrar-lhe o quanto isto vai fazendo o coração se desgastar.

Bom, a distância é algo que só pode explicar quem ama verdadeiramente, assim como a saudade, pois uma é consequência da outra. A distância começa a existir quando desistimos de tudo e vemos tudo àquilo que sonhamos partir e ficar na lembrança. Para dois corações apaixonados, a distância não significa absolutamente nada, é apenas um obstáculo que se lutado junto, pode ser vencido por ambos os lados. Agora quando há apenas um coração apaixonado, tendo que lutar contra essa dor sozinho, isso começa a ser tornar um martírio, uma dor insuportável, que só o tempo poderá tentar resolver.

A saudade, palavra simples, mas com um repleto de significado, de tristezas e solidão. Choramos de saudade não é porque somos fracos é porque amamos e sentimos a necessidade de lavar nossa alma e esvaziar nosso coração, deixá-lo livre por alguns instantes dessas angústias. A saudade dói, pois ela traz consigo lembranças que nunca foram esquecidas, sentimentos que não foram apagados e desejos que ainda pulsam dentro do coração. Nada preenche a saudade, apenas o amor de Deus, pois Nele encontramos forças para continuarmos e não desistirmos.

Agora veja só você, um amor não correspondido, é capaz de esmagar um coração imensamente apaixonado em questão de segundos. O quanto é doloroso para ele ter que ser forte e não deixar-se abater.

Amar machuca, faz chorar, cometer loucuras, tentar escrever uma grande história de amor, para no final, tudo o que foi sonhado, se transformar em cacos, pedaços de um coração que nunca foi amado, deixado de lado como partículas de poeira que o vento vem e carrega junto consigo.

Por favor, reflita sobre isso senhor moço e não finja que as pessoas não têm sentimentos, pois elas podem um dia fazer o mesmo com você.

(Carol Marchi)