Mudanças que ainda não me acostumei
E de
repente você mudou... E eu fiquei perdida em lembranças, saudades que começaram
a existir cedo demais.
Foi
questão de um mês para as coisas mudarem. O olhar mudou a forma de falar nem se
fala o abraço já não é tão acolhedor e as brincadeiras já não existem mais. O
que eu te fiz? Ou melhor, o que eu me fiz? Apaixonei-me outra vez, tentei
desafiar o medo de gostar de alguém mais uma vez, mas deveria ter permanecido
com ele, teria evitado muitas lágrimas, certas palavras, curtos olhares, certos
arrependimentos.
Deveria
ter me afastado quando pude, ou nunca deveria ter me aproximado, prometi não me
apegar e olha só como estou hoje. Teria sido melhor continuar com a dor do
passado pelo menos já tinha me habituado a ela. Pelo menos já estaria
esquecendo hoje o que nunca me fez bem. Mas sabe como é o coração né? Não se
contenta em ver ninguém bem.
Agora não
sinto como se fizesse parte de um pedaço do seu mundo e chego ate a perguntar
se um dia eu fiz ou foi somente uma maneira de ocupar algum espaço ate outra
pessoa chegar. E penso que foi exatamente isso e começo a ter certeza.
Você
mudou e foi só comigo, ou talvez eu esteja diferente, apenas com medo de me
aproximar pra não sofrer quando você tiver que virar as costas e partir.
Seu olhar
é frio, sua presença se tornou distante. Vamos voltar ao ano que se passou...
Lá estava tão bom. Nunca quis tanto que o passado voltasse, mas pelo menos eu
estava sorrindo antes de você ter que sair repentinamente, agora eu estou
sofrendo e nem sei o motivo.
Como
disse a uma amiga, o amor é como uma guerra você tem que lutar para vencer, ou
você sai vitorioso ou sai ferido. São dois pesos sobre duas medidas.
Já não
tenho mais coragem de dizer eu te amo em voz alta. Arrependi-me disso uma vez,
mas escrevo que te amo, porque palavras escritas em um pedaço de papel amassado
nunca serão lidas por ninguém, já um eu te amo dito em voz alta pode se tornar
uma arma letal para quem o disse. Nunca se sabe como o outro irá usa-la contra
você. Ou usa pra te amar ou usa pra fingir.
(Carol Marchi)
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