Adeus ao moço que nunca foi meu



E pela última vez te escrevo e te chamo de amor...




Meu amor, tudo não passou de uma ilusão, o “eu te amo” não existiu de verdade, o sonho de um dia construir uma vida juntos se desmoronou em apenas uma palavra. Você tem sua vida e sei que nunca se importou comigo, boba fui eu por acreditar e achar o contrário.
Sabe o que mais machuca nisso tudo? É ver você dando atenção para quem no fundo não te quer tão bem assim, ou o problema sou eu que te amo demais e você não reconhece. O papel de idiota quem faz sou eu e você ri da minha cara, eu sei que ri. Sempre riu...
Perdi tanto tempo... Poderia ter amado outro alguém, poderia ter encontrado em outros braços aquilo que queria encontrar em você, mas fiz de ti minha prisão, me tranquei nessa paixão e joguei as chaves fora sem nem pensar que um dia ela pudesse se acabar, se desgastar, esqueci-me de deixar cópias para a minha liberdade de você.
O amor não se transformou em ódio, mas sim em decepção. Criei tantas expectativas que no fundo, acabei quebrando a cara. Mas foi bom para aprender. E foi a única coisa boa que você me ensinou, a de não acreditar em palavras, sorrisos, promessas, olhares... Amores impossíveis.
Tenho vontade de chorar enquanto escrevo, mas já não consigo derramar lágrimas por você. Sei lá, cansei de sofrer, cansei de esperar, cansei de imaginar coisas, cansei de amar um idiota. Acho que meus sofrimentos tornou-me uma pessoa amarga. Não vou demonstrar minhas tristezas, estas eu disfarço com um sorriso no rosto. Aprendi que por pior que seja o sofrimento, você pode vencê-lo, porque para tudo na vida existe uma segunda chance e você não é o único que existe nela pode ter certeza.
Sabe aquele outro moço? Sim, ele existe e eu não o criei apenas para tentar fazer ciúmes. Ele é real e agora ele está ocupando o seu antigo lugar, e é até bom para você, porque assim, você não é obrigado a carregar aquela confissão que tanto te atormenta. Aquele “eu te amo” que lhe disse e que nem sei onde estava com a cabeça ao dizê-lo. Desculpe-me por tal coisa, mas hoje me liberto de você, hoje encontro as chaves e tiro as grades que me prendem, hoje vou ao encontro de alguém que me faça sorrir e não chorar. Espero que você seja feliz com as escolhas que fez, torço por você e não lhe desejo mal algum. Aprendi a perdoar, sou o oposto de você que tanto fala em perdão, mas não perdoa.
Finalizo com essa escrita um período de minha vida que não sei se foi bom ou ruim. Já não sei mais sobre os sentimentos passados, tranquei-os e agora os deixo esquecidos em um canto que eu não possa procura-los e nem revivê-los. Rasgo nossas lembranças, queimo tudo aquilo que senti parto agora como um pássaro em busca de liberdade, mas ainda não parto feliz, porque apesar de tudo meu coração ainda carrega suas marcas, marcas que irão virar cinzas com o tempo, marcas que virarão cicatrizes que nunca mais serão abertas.  Seja feliz com os seus amigos ou com aqueles que você diz ser verdadeiros. É somente com eles que eu o vejo sorrir, é somente com eles que tenho a certeza de que você é feliz e que essa felicidade nunca se acabe, de coração.
Sentirei falta de tudo aquilo que gostava principalmente seus dias raivosos, mas por mais que eu ame o seu mau humor constante, eu amo muito mais um sorriso meu sincero e sem mágoas, carregado de alegria e não agonia, carregado de amor e não de ódio. Eu prefiro sorrir sozinha a chorar achando que tenho alguém sem nem mesmo ter ninguém.

(Carol Marchi)

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