Desabafos de um coração que ama...




Hoje parece ser uma data sem importância para muitos, mas para mim não. Lembro-me como se fosse ontem exatamente tudo o que aconteceu há algum tempo atrás. Parecia ser uma semana normal, mas não era. Era aquela semana onde tudo se agitava, onde a ansiedade tomava conta... Era a melhor semana para quem gostava e também seria a pior semana para mim.
Como de costume tudo começou do jeitinho que era... Passou-se um dia inteirinho e tudo estava bem... Iniciou-se o segundo, melhor ainda... Mas daí veio o terceiro dia. Não esperava receber uma notícia daquela logo pela manhã, logo no dia da apresentação de um seminário na escola. Caramba! Que sufoco que eu passei. Não consegui conter as lágrimas e elas explodiram em meus olhos... Vieram à tona e o meu trabalho foi para o espaço. Tive que sair de sala para que ninguém visse o quanto eu chorava, as perguntas já estavam insuportáveis, mas eu dizia que estava apenas passando muito mal e estava muito cansada, pois havia acordado muito cedo. Que nada... Meu mal era outra coisa... Meu mal tinha nome e sobrenome e em menos de cinco dias estava para sumir completamente da minha vista.
Dali para frente, tudo piorou. Tive que fingir que tudo estava bem, enquanto aquele nó crescia cada vez mais dentro da minha garganta. Tive que ouvir suas palavras duras, sua raiva, seu desabafo e simplesmente me permitir mais uma vez chorar... Mas nunca na sua frente. Tive que ver suas lágrimas caírem, mesmo que fossem lágrimas de raiva e conter a vontade louca de te abraçar e dizer-te que eu estava ali, mesmo sabendo que você também estava errado dentro da história toda.
Os dias foram passando rápido e de cinco foram quatro, e de quatro foram três, e de três foram dois, até finalmente chegar o dia que marcaria para sempre a minha vida... Deixaria marcas no meu coração e arrancaria lágrimas e mais lágrimas de dentro dele. Preferia não ter ouvido as coisas que você disse. Preferia que o chão tivesse se aberto naquele momento para que eu pudesse me afundar ali. Queria naquele exato momento ter corrido para você, ter te abraçado e ter te impedido de partir e te feito mudar de ideia para que continuasse exatamente onde estava.
Doeu pra caramba. Foi e tem sido difícil de superar. Mas hoje paro e penso que foi melhor assim. Foi melhor você ter ido e descobrir novos horizontes... E foi o que você fez. Partiu dias depois. E eu fiquei tentando lidar com a dor que foi se tornando insuportável a cada dia que se passava. Tive medo de entrar na depressão. Escondi-me nos livros, na escrita, nos meus textos, na música e no silêncio do meu quarto. Perdi a vontade de fazer muita coisa e cheguei a pensar em desistir de outras. Mas vi que de nada adiantaria. Tentei mudar o rumo da história... Tem sido difícil e até hoje me pego pensando em você, por mais que tenha tido outro alguém nesse intervalo de tempo... Por mais que eu tenha tentando... Mas foi e sempre será você.
Segurei por muito tempo muitas coisas em meu coração e essa foi à forma mais sensata que ele encontrou para poder desabafar. Mas hoje, ele só quer gritar uma coisa: EU TE AMO!

(Carol Marchi)

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