Essa insônia que tem o seu nome...




O que parece ser certo? Insistir em nós ou simplesmente deixar pra lá? O que parece certo? Reprimir o amor ou deixar que ele se revele? O que parece certo? Cometer o mesmo erro ou começar uma nova caminhada? Ou será que a caminhada sempre vai ter a mesma direção e os mesmos caminhos que levam até você?
Hoje bati na porta da incerteza, tentando encontrar respostas, soluções. Hoje tentei me encontrar... E quem dera se eu tivesse me encontrado.
Infelizmente, em nenhum instante consegui pensar em mim, mas somente em você... Em nós.
Amor eu tentei outra vez te tirar de mim. Tentei mais uma vez lhe substituir, tentei mais uma vez mudar o rumo da história, mas infelizmente não obtive sucesso, apenas dor e um coração quebrado por essa saudade angustiante.
Tenho tantas palavras presas na garganta, tenho tantos gestos e carinhos que gostaria de lhe fazer, tenho tantos beijos escondidos... Beijos que lhe pertencem... Beijos que não serão dados a outro alguém que não seja você.
Querido, que vontade de segurar seu rosto próximo ao meu, sentir sua respiração e dizer-lhe eu te amo. Que vontade de segurar sua mão e buscar um novo mundo, um novo horizonte, uma nova história. Que vontade de fazer de nossa vida tão embaralhada um pequeno conto de fadas... Que vontade de cometer uma loucura e simplesmente me declarar, não importa quantas vezes seja preciso.
Tenho saudades amor, tenho saudades de um futuro que criei pra nós e que não chegará a ser vivido pelo simples fato de nosso destino não ter se cruzado no tempo certo.
Queria parar por aqui, queria não poder mais falar o seu nome ou as coisas que você fez no passado com alguém que não era eu... Isso machuca e eu já nem sei mais de quem é a culpa. Aliás, eu sei e sei muito bem. A culpa é minha por ter me deixado acreditar na minha rica imaginação, na minha doce ilusão e no meu desejo incontrolável de te ter.
Só quero ser feliz meu amor, só quero sorrir com certa leveza, sem ter o lábio carregado, sem ter que carregar no rosto a expressão de algum sofrimento e ainda mais sofrimento por causa de um amor que não vai dar em nada.
Você não sabe, mas agora vou lhe dizer: tenho tido inúmeras insônias e eu sei que isto não lhe importa, eu sei que não vai mudar em nada, mas eu gostaria muito que isso acabasse e sei que isto cabe somente a mim, somente eu tenho que ter controle sobre aquilo que sinto. Mas o coração não ajuda amor, ele cria cena, ele imagina coisas, ele cria expectativas, ele cria amores que não pertence a ele, ele cria o medo de perder, ele cria a ânsia de amar demais para no final apenas chorar... E chorar muito.
Não me julgue por te amar assim, não me julgue por te querer ao meu lado todas as manhãs com aquela barba por fazer apenas para que eu possa implicar com ela e poder sorrir quando você resmungar e se levantar para fazê-la. Não me julgue por querer toda manhã tomar um bom café e sair para caminhar de mãos dadas pelo jardim a fora, sem ter hora para voltar... Sem ter que dar explicações.
Eu sei que o que eu peço é muito a você meu bem e sei que exijo muito de mim por tentar te tirar tão depressa da minha cabeça, mas só não suporto o fato de te ver sorrir com outra, de olhar pra outra... De amar outra. Não suporto o fato de ter que te ver com outra e pensar em dividir uma coisa que nunca foi minha... A sua atenção.
Esqueça meu bem tudo o que eu escrevi sobre nós, rasgue se for preciso. Quebre a última xícara de café, rasgue os nossos livros e arranhe os vinis, nunca daríamos certo mesmo, nunca seriamos felizes. E isto não foi nenhuma despedida é apenas o começo de mais uma luta minha contra o coração, contra os meus sentimentos e desejos, contra eu mesma.

(Carol Marchi)

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