A distância entre nós
Ele tem andado distante, nossas conversas cada
dia estão se tornando raras. Ele já não me chama de amor com tanta frequência e
nem diz que me ama, toda vez que eu lhe digo isso, fica um vazio na resposta
que nunca vem.
Algo se perdeu em nossa última viagem, algo ficou
naquele beijo antes de entrar no ônibus. Ele não sabe, mas acompanhei cada um
de seus passos segurando as lágrimas que queriam descer. Foram dias ótimos e eu
queria que eles voltassem.
Eu sinto falta do carinho dele e daquelas nossas
conversas diárias que tinham sabor de quero mais, mas ultimamente tenho tido
tanto medo de estar apenas sendo um incômodo para ele, logo ele que eu não
queria fazer se sentir assim.
O medo às vezes toma conta, cada dia é uma
ansiedade por um bom dia que não vem, e por uma boa noite que chega tão rápido.
Diálogos curtos e um enorme silêncio entre nós, eu não me incomodo de ficar em
silêncio com ele, mas desde que ele esteja comigo e não longe.
Eu sinto falta do abraço dele, se tornou meu lar,
meu aconchego. Eu sinto falta de rir dele, com ele e para ele, tenho medo de
que caiamos na rotina como muitos casais. Ele é importante para mim e rezo para
que eu também seja importante para ele.
Hoje escrevo textos, mas eu não os envio mais,
pois nunca tenho respostas das coisas que escrevo. Eu sei, ele não é do tipo
romântico, nem do tipo que lê, mas antes ele se interessava pelas coisas que eu
escrevia, pelo menos era o que ele dizia.
Eu sou ciumenta, eu sou insegura, porque eu sei o
quanto ele é um cara legal e o quanto ele pode conquistar as pessoas mesmo sem
querer e eu tenho inveja de quem pode estar com ele o tempo todo, olhando
aquele sorriso torto que me conquistou aquele jeito bobo que me ganhou.
Hoje são 23, e ainda faltam oito dias para o mês
acabar, sei que nos vimos há pouco tempo, mas eu juro que daria tudo para
beija-lo mais uma vez.
(Carol
Marchi)
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