Talvez o fim seja o melhor recomeço...
Eu não
sei exatamente quando foi que nos afastamos, mas eu te senti distante e então
percebi que alguma coisa não estava normal. Eu não sei exatamente quando o seu
sorriso fugiu de mim e tenho saudades.
Eu tenho
saudades de momentos que nem tem tanto tempo assim que aconteceram. E eu já não
consigo mais escrever.
Nesse
exato momento minha companhia é o diário que me destes para quando eu quisesse
escrever sobre o que me incomodava, nunca usei uma página sequer para citar o
seu nome... Até agora.
As palavras
se tornam pesadas e a cada espaço entre essas linhas, a cada frase que se forma
uma sensação de vazio me invade o peito, o ar me falta, a cabeça parece uma
bomba relógio, uma náusea horrível toma conta de mim e eu só tenho vontade de
ir para casa e me esconder de baixo das cobertas, onde nem mesmo o vento possa
me encontrar.
Tudo isso
é pânico, é o medo de te ver se afastar de mim. Você está indo aos poucos e eu
não sei o que fazer não encontro nem um atalho, nenhuma rota de fuga que me
leve para longe de você todas as vezes que seus olhos caem sobre mim como uma
verdadeira pedra de gelo, quando sua voz soa seca e sem emoção.
A verdade
é que já não suporto mais estar assim, eu te desejo e isso está visível em mim,
eu te espero e nessa sua espera eu só encontro vazio... Vazio este que não se
preenche com os olhos de outro alguém, com o sorriso de quem me quer bem. A minha canção já te pertence, a minha voz só
ressoa ainda para poder encontrar os teus ouvidos e o meu coração só sobrevive
ainda porque espera te encontrar esperando por ele quando outro coração te
abandonar. Esse é o meu medo amor, te ver magoado e não conseguir te curar.
(Carol Marchi)
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