Coisas de amor... Estranho amor!!!

Enquanto a chuva cai lá fora, nessa tarde de domingo, aqui dentro do meu quarto eu me perco no silêncio, me perco nas palavras, e perco nessa saudade que sufoca que faz chorar. Eu fui embora por medo de me apaixonar de novo... Sem lamentações eu também não estou bem. Eu prefiro me perder aqui na certeza da ausência do que tentar me achar na incerteza da ilusão, da fantasia, das mentiras, das encenações. Eu sei que você não vai voltar, eu sei que nós nunca seremos um, sei que também não iremos nos falar, sei também que o passado que é onde você habita não se tornará presente. Sei de tantas coisas, mas prefiro não acreditar em nenhuma... Sabe como são coisas de amor, coisas que machucam, como a verdade das palavras e a falsidade dos olhares. Eu queria que nosso amor fosse como, nos livros românticos, com finais felizes. Não queria que fôssemos os personagens, queria ser só eu e você com uma história de amor que pudesse ser descrita, mas eu me acostumei, me acostumei a me a...

Que noite a nossa, acho que nunca brigamos tão feio quanto ontem, mas mesmo assim você me abraçou na hora de dormir como sempre faz, como se me quisesse proteger de alguém ou de alguma coisa. Eu permaneci em seus braços soluçando a noite inteira por causa de nossa briga idiota, você parecia estar acordado, mas eu não queria olhar em teus olhos, não queria ter uma daquelas habituais recaídas de todas as brigas... Não dessa vez. Sua respiração estava pesada e bem tranquila, pelo menos não estava com tanta raiva assim... Nem sei o motivo de nossa discussão e nem sei por que ela começou. Meu corpo mostra as marcas desta noite mal dormida, não estou conseguindo nem pensar. Ele já não estava mais ao meu lado quando despertei de um cochilo de uma hora apenas. Levantei e não o encontrei pela casa, mas um bilhete deixado por ele dizia para onde ele foi: "Fui correr". Ai que ótimo foi fazer exercício sem mim, isto é um sinal de que não estávamos bem... Só me restou faxinar a...

Ontem invadi sua casa. Levei tempos estudando um modo de entrar sem que você me visse. Entrei calada e te encontrei sentado rabiscando alguma coisa em um caderno qualquer. Confesso que estava curiosa para saber o que ali estava escrito, você parecia muito concentrado então deveria ser alguma coisa importante. Você passou a noite em claro e passou o tempo todo olhando pela janela alternando entre olhar a lua e escrever mais alguma coisa. Tinha nas mãos uma xícara de café, parecia estar bem forte, pois a cada golada que dava, fazia uma careta engraçada. Eu estava com vontade de rir, mas não podia fazer nenhum barulho. Fiquei ali te observando a noite inteira até pegar no sono. Perdi totalmente a noção do tempo, acordei assustada em um ambiente que não era de meu conhecimento.   Ah não! Estava no seu quarto, você havia me encontrado caída em algum canto, bêbada de sono, que vergonha! Seu quarto era tão organizado, eu estava com a sensação de estar em casa, sei que não e...

Passar a noite em claro já virou minha rotina... Acordar pela manha e olhar pela janela um céu de um vivo azul é o mais perfeito cenário que se pode querer, mas seria muito bom se eu pudesse acompanhar isto com mais alegria. Tenho pensado o que me levou a tomar a decisão de ir embora... Cheguei à conclusão de que não foi por outra pessoa e sim por uma única menina que mexeu comigo de tal forma que estava quase me fazendo desistir de tudo o que eu amava... Foi por isso que parti, pois eu não queria abandonar o que mais amava fazer na vida e o qual foi o caminho que escolhi traçar... Fui embora por medo, medo de me apaixonar, medo de deixar tudo por ela e depois me arrepender e faze-la sofrer com isso. Ela não sabe, mas eu sinto falta daquele jeito dela... Do modo como agia só pra me chamar a atenção... Da primeira vez que disse que me amava e do qual eu não tive resposta... Dos abraços que raramente ela me dava... Das trocas de olhares que eram inevitáveis, do sorriso... No...