A confusão que habita em mim... Uma confusão chamada sentimento
É
estranho ter milhares de palavras presas em sua cabeça, sentimentos e emoções
espalhados pelo coração e não saber expressá-los em absolutamente nada. Há
tempos não sei o que escrever, eu já não sei nem mais como é pegar em uma
caneta e ter o caderno nas mãos para poder descrever o amor... O meu amor.
Tenho
apenas 18 anos, mas estou parecendo uma pessoa de mais idade. Tenho andado
cansada de tantas coisas, estressada, irritada com tudo até de mim mesma. O
tempo me mudou o amor me fortaleceu à distância me ensinou a ser distante e as
pessoas me ensinaram a ser fria. Eu amei cedo demais e ainda amo até hoje o que
já não ajuda muito. Este é um dos principais motivos por eu estar assim tão
atordoada e angustiada. Palavras já não servem para me descrever, das juras já
me cansei, de algumas pessoas tomei nojo devido a tanta falsidade e estou
chegando à conclusão de que andar sozinha é melhor do que andar mal
acompanhada.
Tudo
parece perdido, eu até diria que meio diferente. Tenho tido várias emoções e
não estou sabendo lidar com elas, parece que algumas coisas começaram a fazer
sentido ou até mesmo a pesar demais. O medo tomou conta de mim em relação há
algumas coisas e a frieza me tomou por completo. Não desaprendi a amar, mas já
não consigo dizer eu te amo para qualquer um ou para todo mundo, a verdade é
que por amar demais um único alguém, na primeira decepção toda a fantasia de
amores verdadeiros, seja ele da forma que for se desfaz em questão de segundos.
Neste
exato momento não sei o que escrever, eu estou sentada em frente ao computador,
conversando com os amigos e segurando as lágrimas e digitando palavras loucas
que não tem sentido nenhum, mas são palavras que estão presas em mim precisando
sair, precisando ser ditas de alguma maneira. Busco uma vez ou outra no
bate-papo do facebook alguém que um dia me fez sorrir, alguém que eu amei muito
e que ainda amo e não dá para negar, mas como eu disse, as coisas mudaram e eu
não estou sabendo explica-las ou lidar com elas e até mesmo não sei por que
ainda busco por essa pessoa somente para saber se ela está ali ou não, ela nem
se importa, porque eu deveria me importar? Sou muito boba mesmo. Mas é o
coração, ele ainda quer encontrar nesta pessoa os velhos motivos para continuar
sorrindo, mal sabe ele que todos os motivos que existiram um dia se perdeu há
algum tempo pelo caminho.
Há algum
tempo atrás eu tinha o pensamento de que se eu pudesse voltar ao passado eu não
mudaria absolutamente nada, mas agora eu paro e penso que eu teria mudado sim,
e muita coisa. Teria vivido mais pra mim, teria aproveitado mais a vida de
forma ajuizada é claro, teria evitado amar a pessoa que eu amei se soubesse de
toda a dor que eu iria passar. De certa forma isto me fez amadurecer cedo
demais, foi à única coisa boa ou ruim não sei que pude aproveitar de todo esse
sofrimento.
Mas tudo
passou e nada mudou, só mudou o fato de eu ter aprendido a me valorizar mais e há
pensar um pouco mais em mim em primeiro lugar do que nos outros. Eu estava
infeliz, triste, cansada, sufocada, mas o tempo me ensinou coisas, o tempo me
ensinou a ser mais eu para eu mesma do que para os outros. Eu não pedi para
ninguém mudar por mim, eu mudei por mim mesma e isto me fez muito bem.
A única
coisa que sinto falta é de escrever, escrever sobre o amor, escrever sobre o
moço que partiu a um tempo levando consigo tudo o que restou de mim e me deixando
apenas a saudade, à distância e a infelicidade de ter me tornado tão fria tanto
com ele quanto com todos. O que adianta por a culpa nas estrelas se o erro foi
meu? O erro foi meu por pensar demais, por acreditar muito e por achar que um
dia nós seríamos um só. A vida tira, mas a vida ensina e aos poucos eu vou
aprendendo a viver sem tê-lo e também a lidar com toda essa confusão que habita
em mim em relação aos outros e a mim mesma.
(Carol Marchi)
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