Coisas de amor... Estranho amor!!!

Era tarde quando cheguei, em casa e te encontrei sentado no sofá, meio distraído, lendo qualquer coisa que lhe prendia a atenção. Não notou minha entrada, por isso não ergueu o olhar para me ver e nem falar um oi. Apesar de seus olhos estarem fixo no texto em suas mãos você não parecia ter sua atenção ali. Algo estava te incomodando... Algo estava te deixando tenso, meio apreensivo. Sentei ao seu lado, tentando o mínimo possível fazer barulho para não te despertar daquela sua viagem por um mundo que não era o nosso, mas foi em vão. Senti o peso dos seus olhos em mim, senti sua mão tocar a minha e os seus lábios o meu rosto. Você estava diferente... Você não estava bem. Nós não estávamos bem e estávamos tentando contornar a situação de um jeito que não estávamos tendo resultados. Seu olhar me dizia exatamente aquilo que estava acontecendo, não precisava de palavras concretas para se entender. Ergui-me num salto e com os olhos cheios de lágrimas, retirei-me para o meu quarto....

Já não sei se existe mais amor, porque eu já não sei mais o que é amar. Cometi o erro de uma vez dizer que amava e até hoje eu pago por esse erro. Em consequência disso tenho medo de revelar meus sentimentos. Você me tornou uma pessoa fria. Talvez eu tenha sido a única a te amar verdadeiramente e talvez você não, soube reconhecer. Mas isso talvez tenha virado uma coisa do passado. Talvez agora eu não te ame mais e esses sentimentos que eu tinha por você tenha estremecido quando outro alguém apareceu. Mas caso você perceba isso somente agora, o que já pode ser um pouco tarde demais, não se preocupe nada fica igual para sempre e você tem "AMIGOS" ótimos para te consolar. Não é mesmo? O meu sorriso é só uma máscara que esconde as marcas das lágrimas causadas e deixadas pela saudade! Nossos dias foram os dias mais perfeitos de nós dois aqueles que eu vivi nos meus sonhos. E eu quero que o dia passe logo, que o mês acabe rápido, pois já não aguento mais contar os ...

O que parece ser certo? Insistir em nós ou simplesmente deixar pra lá? O que parece certo? Reprimir o amor ou deixar que ele se revele? O que parece certo? Cometer o mesmo erro ou começar uma nova caminhada? Ou será que a caminhada sempre vai ter a mesma direção e os mesmos caminhos que levam até você? Hoje bati na porta da incerteza, tentando encontrar respostas, soluções. Hoje tentei me encontrar... E quem dera se eu tivesse me encontrado. Infelizmente, em nenhum instante consegui pensar em mim, mas somente em você... Em nós. Amor eu tentei outra vez te tirar de mim. Tentei mais uma vez lhe substituir, tentei mais uma vez mudar o rumo da história, mas infelizmente não obtive sucesso, apenas dor e um coração quebrado por essa saudade angustiante. Tenho tantas palavras presas na garganta, tenho tantos gestos e carinhos que gostaria de lhe fazer, tenho tantos beijos escondidos... Beijos que lhe pertencem... Beijos que não serão dados a outro alguém que não seja você. ...

Desabafe em palavras, em versos...   Em lágrimas, em canções... Não importa, apenas desabafe. Não sei muito bem explicar o que está acontecendo, mas somente depois de certo tempo comecei a sentir coisas que não havia sentido tanto no começo... Saudades... Necessidade de você por perto... Todo um misto de sentimentos interligados fazendo-me fugir totalmente da minha realidade, apagando minha alegria, o meu sorriso. Nesses dias estava relembrando uma conversa com um amigo e simplesmente tocava uma música, na qual ele me disse assim: “Olha ai, você pode cantar essa música para o seu marido quando for entrar na igreja.” Mal sabia ele, mas essas palavras entraram cortando em meu coração. No mesmo instante eu me concentrei apenas em olhar para a estrada e deixar que as lágrimas escorressem enquanto prestava a atenção na letra daquela música que acabou ficando marcada em mim e neste exato momento enquanto escrevo, eu estou a escutando. Não é parar me martirizar, sofrer mais o...

Naquela última noite em que nos vimos, logo após a nossa despedida, nossa última taça de vinho, nosso último beijo, eu tomei meu violão nas mãos, sentei na varanda sob aquela neblina que invadia o céu, peguei caneta e papel e rabisquei ali uma canção. Uma canção que falava de amor, uma canção que falava de você, uma canção que falava de nós, uma canção que fechava a noite, um tom triste e melancólico para um adeus tão precoce. Ao final eu sorri. A música definia bem o que estávamos passando, mas ela pararia ali. Terminou, não há mais nada o que escrever, aliás, a música só continha uma única estrofe: “Tomamos a decisão que pensávamos ser a melhor, mas no final nenhum de nós sabíamos exatamente o que estávamos fazendo. E tudo continuou a partir daquele adeus, parecia que nada havia mudado, eu segui o meu caminho e você o seu, por isso não estranhe se ainda ouvirdes falar de mim, ainda nos cruzaremos por aí pelo caminho, ainda nos veremos novamente, ainda nos amaremos verdad...