Coisas de amor... Estranho amor!!!

                              É uma droga querer dormir e ver as horas passarem tão lentamente pelo relógio. A essa hora da madrugada e a merda desse seu sorriso lindo invade a minha cabeça e devasta em mim o pouco de equilíbrio que eu ainda tinha. Eu espero pelo o amanhã ansiosamente. Você é a melhor parte do meu dia, mas acho que ainda não se deu conta disso. Aguardo aquela mensagem carregada de novidades sobre o seu dia, ou sobre nossos momentos mais íntimos... Na verdade eu espero você, espero por aquela euforia que vez ou outra você carrega consigo me querendo ter por perto loucamente. E eu sorrio moço, sorrio como também choro com algumas notícias que me traz. Não é egoísmo, eu torço por você, mas confesso que bem lá no fundo, eu torcia pelo “nós”. É ironia pensar que você será meu, a cada dia eu vejo você me deixar um pouco mais sem perceber e logo tudo isso chega ao fim, seremos apenas...

Ei amor! Hoje eu escancaro as portas do meu coração e deixo sair de dentro dele àquela escrita que guardei por longos meses, meses que contei no dedo até chegar nesse dia tão especial. Hoje pela primeira vez, depois de muito tempo sem escrever, não o farei sobre partidas ou sobre aquela escuridão que eu escrevia há anos atrás antes de você chegar. Hoje escrevo sobre a permanência do primeiro moço que decidiu ficar e fazer morada em mim, com essa barba rebelde, esse sorriso, um jeito largado e safado, que mudou tudo em mim.          Sei que já te escrevi inúmeros textos, mas esse é especial. Tem um sabor de comemoração, de prazer, alegria que transborda por um coração que se acelera a cada palavra.          Há um ano eu descobria uma pessoa incrível, com suas qualidades e seus defeitos, suas perfeições e suas falhas, alguém com quem eu pudesse dividir uma história, que arrancou de mim os meus melho...

É que do nada ele se tornou tudo o que eu sempre procurei... Ele trazia consigo a calmaria de uma brisa, o balanço majestoso do mar... Ele trazia em sorrisos os versos que sempre tentei escrever, mas nunca encontrei as palavras. Ele trazia aquela vontade que dentro do meu peito se agitava num gostinho de aventura, com uma pitada de quero mais no fim do dia... Ele trazia nos braços o aconchego que nem a música me dava. A mesa está posta para o café, enquanto ele dorme eu arrisco algumas coisas, ele tem sido minha inspiração, o observo todas as vezes que nós dormimos juntos, eu poderia passar horas ouvindo sua respiração pesada, de quem estava mergulhado em sonhos... Em paz. Eu poderia repetir aquela rotina todos os dias de preparar-lhe o café e esperar ele descer com a cara toda amassada, com seu jeito preguiçoso, vestindo somente uma cueca e uma blusa... Poderia passar horas olhando pra ele, observando cada mania, que eu juro que eu não me cansaria... Ouço passos arrastado...