Nos braços do amor

Era madrugada de sexta para sábado, sozinha no quarto eu escutava os passos acima de mim. Ansiosa por cada barulho esperava que ele adentrasse o mais rápido possível meu quarto. Eu sentia saudades do seu corpo esquentando o meu, ou melhor, dizendo, gelando o meu. Eu sentia falta daquele toque, das carícias, das nossas conversas embaladas por um sono que ambos tentavam vencer. Eu sentia falta de nós dois perdidos naquele emaranhado de lençóis, enquanto eu deitava em seu peito e ele me acariciava os cabelos e jogávamos conversa fora. Eu lhe roubava vários beijos e sentia meu corpo se desfalecer toda vez que jogava seu peso contra mim. Com toda certeza, era uma das sensações mais gostosas e familiares. E meu sorriso cortou o rosto quando o vi entrando e vindo até mim. Pergunto-me, porque será que o amo tanto? Ele é tão malandro, mas é tão meu, mesmo que não inteiro... Ele é meu. A noite era tão fria, mas ali dentro parecíamos dois vulcões. Nossas mãos entrelaçadas depois que...