O tempo!
O
relógio está marcando o início de mais um dia. São seis horas da manhã e eu não
consigo levantar da minha cama para encarar a minha rotina.
Levanto–me
e sigo para o banho e depois de tomar um longo café, perdida em pensamentos,
parto para encarar mais um dia cansativo.
O
dia termina, e já começo a sentir o peso do meu corpo. Estou cansada, mas mesmo
assim não deixo de ir naquela estrada pela a qual você partiu.
Cheguei
lá, e a única coisa que eu encontrei foi o silêncio e algumas folhas que
começavam a cair das árvores. O vento era leve, quase não se percebia, mas eu
percebi moço. Percebi que eu sempre ia, mas você nunca voltava e eu ficava ali
naquela solidão te esperando e sinceramente não sei porque ainda faço isso.
Minha
única companhia hoje, é um caderno velho e nele vários textos sobre você, sobre
sua ida e também, um violão que sobre a luz da lua já não sabe mais canções de
melodias alegres.
Minha
vida se resumiu a você, dediquei-a inteiramente a ti, não somente a minha vida
mas também, o meu tempo. O meu relógio já não segue os meus horários, depois de
certas horas ele se perde e eu me perco junto com ele.
O
fim chegou para nós dois, mas me recuso a acreditar. Sei que agora só depende
de mim, porque você já foi e parece-me que não foi nem um pouco difícil me
deixar.
Não
sei porque ainda me martirizo tanto, sei que você está feliz e também tentarei
fazer o mesmo. Vou deixar tudo o que fazia por você de lado e começarei a viver
minha vida, sei que assim será melhor e quem sabe no lugar das lágrimas surja
aquele sorriso que eu só dava quando estava com você e também, aquele brilho
nos olhos que surgiu quando te conheci.
(Carol Marchi)
Comentários
Postar um comentário